30 junho, 2013

RIBEIRO, A. Mansos – GARÇONNICES. Lisboa, Depositários : J. Rodrigues & C.ª, 1926. In-8.º (18,5cm) de 110, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Livro de versos humorísticos e bem-dispostos. Capa criativa, e sugestiva quanto ao conteúdo.

Aqueles que defendem a pureza
Da língua portuguesa;
Que combatem, sem tréguas, se piedade,
(Com razão, na verdade)
Quem usa um galicismo, um anglicismo,
Ou qualquer coisa em ismo,
Não julguem que a palavra Garçonnices,
Que quere dizer: Tolices
Das Garçonnes, viesse do francês
Servir a um português!...
De há muito que a garçonne, com certeza,
Deixou de ser francesa
Pois que existe esse bicho, em toda a parte
Do Universo, e dest’arte,
Êsse termo (o que julgo natural)
E, hoje, universal!...

(Explicação necessária)

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Falha de papel no canto inferior esq. da contracapa e nas duas últimas páginas do livro (sem prejuízo do texto).
Invulgar e muito curioso.
Indisponível

29 junho, 2013

GANDARA, Alfredo de Oliveira - QUEM FOI SANTO ANTONIO DE LISBOA. Escorço biográfico, que acompanha uma carta atribuida ao insigne varão, o qual a teria escrito a seu pae, indicando o nome e a morada deste. Lisboa, Edição do Autor, 1931. In-8º (19cm) de 80 p. ; il. ; B.
Contém ilustrações de página inteira.
Biografia de Santo António.
"Apezar da vasta bibliografia nacional e estrangeira acerca de Santo Antonio, pode dizer-se que a figura do famoso taumaturgo ulisiponense por poucos portugueses é conhecida. O orador portentoso, em cuja boca a Sagrada Escritura e a opinião dos Santos Padres passaram, ora como inegualaveis canticos de amor a Deus, ora como fulminações tremendas dos erros dos homens, e sempre como uma florescencia inebriadora de saber, deu logar, no culto ingenuo do povo, ao santinho casamenteiro, que as moças suspirosas elegeram em seu advogado; á crença travessa, que se entretem a partir bilhas; ao apostolo pueril, que perde o seu tempo a falar aos peixes."
(excerto do prólogo)
Alfredo Ferreira de Oliveira Gãndara (1896-1979). Escritor e jornalista português, natural da Marinha Grande. Foi redactor de O Século e Director de Programas da Emissora Nacional. Como parlamentar participou na V, VI E VII legislaturas.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos.
Invulgar.
10€

27 junho, 2013

FREITAS, Jordão de – O MARQUEZ DE POMBAL E O SANTO OFFICIO DA INQUISIÇÃO. (Memoria enriquecida com documentos inéditos e facsimiles de assignaturas do benemerito reedificador da cidade de Lisboa). Lisboa, Sociedade Editora «José Bastos», 1916. In-8º (19cm) de 127, [3] p. ; [1] desdob. ; B. 
1ª edição [e única].
Contém folha desdobrável com fac-símiles de assinaturas do Marquês de Pombal.
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Ponmbal. Uma figura controversa, das mais carismáticas e discutidas da nossa história. O presente estudo trata do seu relacionamento com a Inquisição.
“Na biografia de Sebastião José de Carvalho e Mello, o notabilissimo homem de Estado e realmente grande, eminente e enérgico – mas prepotente, despótico, tyrannico, cruel e sanguinário – primeiro ministro de Elrei D. José, registam-se duas datas memoraveis que o acaso fez coincidir na primeira quinzena do mez de maio: uma no anno de 1699 e a outra no de 1782.
Refiro-me ao dia do seu nascimento e ao da sua morte: esta a 8, na villa de Pombal, e aquelle a 13, nesta cidade de Lisboa.”
(excerto do texto)
Jordão Apolinário de Freitas (1866-1950). Natural do Funchal. Frequentou o Seminário Diocesano local onde se formou em Teologia. Por falta de vocação, não seguiu a carreira eclesiástica. Matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica do Funchal, que viria a terminar em 1899, tendo posteriormente passado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa por considerar ficar melhor apetrechado para o desempenho da profissão. No entanto, os seus interesses foram sempre as Letra. Foi professor de Latim do Liceu do Funchal, mas em 1900 foi convidado para bibliotecário da Sociedade de Geografia de Lisboa e não hesitou. Em 1902 foi desempenhar um cargo semelhante na Biblioteca da Ajuda, tendo chegado a Director. Deixou uma vasta obra publicada sobre História e Literatura.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. anterrosto e na última p. (em bco). Alguns sublinhados (poucos) a feltro florescente.
Raro.
Com interesse histórico.
25€
Reservado

26 junho, 2013

DIPLOMACIA & GUERRA. Política Externa e Política de Defesa em Portugal do final da Monarquia ao Marcelismo. Actas do I Ciclo de Conferências. Fernando Martins (Ed.). Lisboa, Edições Colibri : Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora, 2001. In-8º grd. (23cm) de 282, [2] p. ; [16] p. ; B. Colecção: Biblioteca-Estudos & Colóquios, 1
Tiragem: 1 000 exemplares.
Ilustrada em separado com fotografias a p.b. de alguns momentos históricos da Nação.
"... Convém começar por dizer que o conjunto de textos que dá forma a este livro, ao procurar tratar aquilo que poderíamos designar como o papel dos militares e dos diplomatas na história portuguesa num intervalo cronológico que se estendo do Ultimato à queda do governo e do regime chefiados por Marcelo Caetano, reconhece que, tanto sob o ponto de vista português como internacional, foram as guerras - internas ou externas - e a diplomacia os factores essenciais no exercício do poder. Reconhece-se, por outo lado, ter sido o Estado-Nação a uniadade privilegiada para a análise e síntese históricas."
(excerto da apresentação)
Matérias:
- Apresentação (Fernando Martins). - Os Militares e a Política entre o Ultimato e a República (José Miguel Sardica). - A Política Externa: do Ultimato à República (Fernando Costa). - A Política Externa e a Política de Defesa: do 5 de Outubro ao Sidonismo (Alice Samara). - Política Externa e Política de Defesa: do Sidonismo à Ditadura Militar (Luís Farinha). Do Reconhecimento Internacional da Ditadura Militar ao Estado Novo - pontos de reflexão para o estudo da Política Externa de 1926 a 1933 (Susana Martins). - A Política Concordatária de Pio XI e Pio XII: As Concordatas Italianas, Portuguesa e Espanhola (Rita Almeida de Carvalho). - Uma Revolução Tranquila? Da Política Externa da Guerra Civil de Espanha ao Pacto do Atlântico (Fernando Martins). - Do Plano Marshall ao Acordo com a CEE (Francisco Castro). - A 'Solidão' na Política Externa Portuguesa no Início da Década de 60: O Caso dos Estados Unidos (Luís Nuno Rodrigues). - Os Militares e a Política no Estado Novo (Telmo Faria). - A Política Externa do Marcelismo: A Questão Africana (Pedro Oliveira). - Resumos. - Abstracts. - Biografias.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
20€

25 junho, 2013

PIMENTEL, Alberto – A PRAÇA NOVA. Porto, «Renascença Portuguesa», 1916. In-8.º (19 cm) de 285, [3] p. ; il. ; B. Biblioteca Histórica da Renascença Portuguesa, II
1.ª edição.
Bonita monografia sobre o Porto, das mais estimadas que o autor publicou sobre a Cidade Invicta.
Ilustrada com bonitos desenhos e fotogravuras, no texto e em separado.
"Muitas praças públicas recortavam o solo da antiga Roma; só uma, porém, foi honorificada com o título pomposo de Forum Romanum.
É que esta praça, tendo sido na sua origem um mercado, como tantas outras, converteu-se num centro de reunião, onde o povo discutia os negócios do estado e as variadas ocorrências da vida romana.
A cidade do Porto também possue uma praça que é, em menor escala, o seu Forum e que oficialmente tem mudado algumas vezes de nome. Contudo, na tradição, continua a ser chamada «Praça Nova», posto que já seja antiga. E tamanha popularidade goza na sua primazia indiscutível, que os dísticos dos carros electricos a designam simplesmente por esta abreviatura gloriosa: Praça."
(Excerto do prefácio)
Indice: Capítulo I – O Berço da Praça Nova. Capítulo II – Da Primeira à Segunda Época Constitucional. Capítulo III – Derrota dos Barraqueiros e dos Miguelistas. Capítulo IV – O «Mentidero» Portuense. Capítulo V – Recordações de um Sábio e outras Pessoas Ilustres. Capítulo VI – De República a República. | Post Scriptum – A nova Avenida – Demolições.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. ante-rosto. Indícios de assinatura safada na capa.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

24 junho, 2013

SARAIVA, D. Fr. Francisco de São Luís (vulgo Cardeal Saraiva) – REFLEXÕES GERAES ÁCERCA DO INFANTE D. HENRIQUE E DOS DESCOBRIMENTOS DE QUE ELLE FOI AUTOR NO SECULO XV. Lisboa, Na Imprensa Nacional. 1840. In-8º (20cm) de [2], 46, [2] p. ; B.
Opúsculo publicado sem indicação de autor.
“Quem ler com alguma attenção, e com animo imparcial e limpo de baixas preoccupações a historia dos descobrimentos e viagens maritimas emprendidas e executadas pelos Portuguezes desde os principios do seculo 15 com tanta utilidade do mundo civilizado, não poderá deixar de sentir-se possuido de admiração, e quasi assombro, considerando que uma nação pequena, libertada pouco antes da oppressão dos Sarracenos, e das pertenções dos seus vizinhos; destituida de guia e exemplar, que a tivesse precedido na sua carreira; carecida dos muitos meios e methodos, que o tempo, a industria, e o progresso das sciencias tem depois multiplicado; que esta nação, digo, formasse e executasse a vasta, difficil, e arrojada empreza de descobrir tantos mares, terras, e povos até então desconhecidos, de navegar até ás mais apartadas regiões do mundo, e de levar por toda a parte a sua industria, a sua civilização, o seu commercio, as suas armas, e o seu dominio! Mas tanto pode o genio! Um homem de genio, um principe dotado de uma grande alma, e de uma constancia invencivel, bastou para conceber e executar tamanha empresa!
Foi este o immortal infante D. Henrique filho de el-Rei D. João 1.º. A ordem do nascimento não o havia destinado para o throno; os seus meios erão consequentemente limitados, se os comparamos com a grandeza e vastidão do projecto, a que se abalançava…”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta alguns cadernos soltos; pequenas falhas de papel no canto inferior dto nas primeiras páginas e alguns sublinhados e notas no texto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
20€

23 junho, 2013

SANTOS, Ary dos – O CRIME DE ABÔRTO. Lisboa, Livraria Clássica Editora : A. M. Teixeira & C.ª (Filhos), 1935. In-8º grd. (22,5cm) de 164 p. ; B.
Contém diversos quadros exemplificativos e estatísticos:
- Classificação dos meios abortivos (de acordo com o Dr. João Jacinto da Silva Corrêa).
- Médias de nascimentos legítimos por casamento [por país].
- Médias de nascimentos por 100 casamentos [por país].
- Crescimento vegetativo das grandes cidades.
- Natalidade em Lisboa : Septénio 1919-1925.
“Em Portugal, onde por via de regra as modas chegam quando lá fora já deixam de o ser, ainda ninguém veio a público – que eu saiba – defender a impunidade absoluta ou relativa ao abôrto. […] Que tenhamos conhecimento, nunca nas revistas da especialidade, nas lides dos congressos ou nos tratados de direito se ousou defender a impunidade do aborto, e nisso tem a intelectualidade portuguesa dado uma prova exuberante do seu fino quilate.
Na verdade, tão pobres são os argumentos dos que tem querido fazer consignar nas leis o direito ao aborto, que não podem deixar de se aplaudir todos quanto, desprezando a vã glória que adviria do escândalo e da primasia da novidade entre nós, tem fugido duma orientação que, além de errada, é sumamente perigosa nas suas mediatas e imediatas conseqüências sociais. Temos pois – sincera e gostosamente o dizemos – que seguir na retaguarda dêsse movimento é estar na vanguarda do progresso, visto que o progresso, em ciência, moral e política, não é necessariamente tudo quanto seja novo, senão tudo quanto seja verdadeiro. Não basta, porém, não enfileirar nas hostes dos defensores da impunidade; é preciso fazer parte do exército aguerrido dos seus perseguidores, que os tempos são de acção e não de omissão.”
(excerto do texto)
Alfredo Ary dos Santos (1903-1975). Advogado lisboeta. Politicamente, definia-se como de estrema direita. Publicou diversas obras de índole jurídica sobre temas sociais e outros, e o polémico D. Quixote Bolchevick sobre a Guerra Civil de Espanha.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreto carimbo de livraria no canto inferior dto da f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

22 junho, 2013

MARTINS, Rocha – O PATRIOTA. Novella militar de… Porto, Livraria e Imprensa Civilização, 1925. In-8º (19cm) de 73, [7] p. ; B. Biblioteca Civilização. Colecção de pequenos romances portugueses e estrangeiros
1ª edição.
Novela da Grande Guerra.
“A leitura d’aquela carta impressionara vivamente o soldado. Retivera frases e repeti-as como se as estivesse eternamente soletrando. Soavam-lhe as voses das pessoas ás quaes a mulher se referia nas suas letras duras, contorcidas, pobrinhas. Curtia uma amargura enorme, o Matheus, do 7 d’infantaria, diante da vastidão nevada no regelo do seu vidrado, no espicaçamento agulhado dos flócos. Estava n’um abrigo de terra lamacenta, na observação da amortalhadora treva, a esculcar as trincheiras inimigas. Desciam migalhas branquinhas e gelidas lembrando papelinhos numa chuva entrudesca e impertinente a ao amontoarem-se formavam lombas, encampanulavam a terra de misterio.
A sentinela, meditava amantada no impermeável, a espingarda embaionetada entre os joelhos, o capacete de ferro – egual a um casco medievo – a cobrir-lhe a cabeça atormentada.”
(excerto do Cap. I)
Exemplar em bom estado de conservação. Capa apresenta falha de papel.
Invulgar.
Indisponível

21 junho, 2013

ALCOFORADO, Maria João – O CLIMA NA REGIÃO DE LISBOA : contrastes e ritmos térmicos. Lisboa, Centro de Estudos Geográficos : Universidade de Lisboa, 1993. In-4º (27cm) de 347, [5] p. ; il. ; B.
1ª edição.
Ilustrado com mapas climáticos.
Tiragem: 750 exemplares.
Tese de dissertação de Doutoramento em Geografia Física.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreta assinatura de posse no canto inferior dto da f. anterrosto.
Invulgar.
10€

20 junho, 2013

SILVA, Luiz Augusto Rebello da - MEMORIA ACERCA DA VIDA E ESCRIPTOS DE D. FRANCISCO MARTINES DE LA ROSA. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal, 1910. In-8º (18,5cm) de 175, [1] p. ; E. Obras Completas de Luiz Augusto Rebello da Silva, Revistas e Methodicamente Coordenadas, XXXV. Estudos Criticos - VI
Biografia de Francisco de Paula Martínez de la Rosa Berdejo Gómez y Arroyo (Granada, 1787-Madrid, 1862), poeta, dramaturgo e político espanhol.
"O tumulo acaba de cerrar-se sobre um dos homens que mais ennobreceram n'este seculo a Hespanha como poeta, historiador, e publicista na imprensa, como estadista nos conselhos da corôa e da nação, e como orador eloquente nas luctas da palavra, em que tantas vezes triumphou."
(excerto do texto)
Luís Augusto Rebelo da Silva (Lisboa, 1822-1871). Foi um prolífico escritor, professor do Curso Superior de Letras (por recusa de Herculano) e homem público (sócio da Academia Real das Ciências desde 1854). Publicou abundantemente sobre Literatura, e fê-lo de acordo com os padrões da sua época: desde a diferença primacial entre Poesia e Prosa até aos géneros dominantes entre o público seu coetâneo (Romance e Teatro), não hesitou em escrever História literária e política enquanto se ocupava dos acontecimentos do quotidiano (estreias, óbitos), sempre atento às adjacências ainda hoje usuais (Jornalismo e Politica). As suas Obras Completas (41 vols., Empreza de História de Portugal, Lisboa), datadas de1909, incluem também um estudo em três volumes sobre a Arcádia Portuguesa, uma Memória biográfica e literária acerca de Manuel Maria Barbosa du Bocage, bem como vários outros trabalhos em que a literatura é fundamental.”
Encadernação inteira de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Rasgão na f. anterrosto (sem perda de papel).
Invulgar.
10€

18 junho, 2013

1911-1999 : O ENSINO MÉDICO EM LISBOA NO INÍCIO DO SÉCULO. Sete artistas contemporâneos evocam a geração médica de 1911. Seven contemporary artists evoke the generation of 1911. Direcção de M. Valente Alves. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1999. In-4.º (23,5cm) de 691 p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Edição luxuosa de grande qualidade estética e gráfica impressa em papel de qualidade superior. Contém com ilustrações de página inteira a p.b. e a cores.
Assessoria científica: António Barbosa
Consultoria científica: João Lobo Antunes, Luiz da Silveira Botelho, Jaime Celestino da Costa, João Gomes-Pedro e Artur Torres Pereira.
Textos: Manuel da Costa Cabral, João Gomes Pedro, João Martins e Silva, Manuel Valente Alves, Jaime Celestino da Costa, Luís Rebelo, João Lobo Antunes, Artur Torres Pereira, João Ribeiro da Silva, Maria Helena de Freitas, José Guilherme Jordão, A. Pereira Coelho, Carlos Ribeiro, Madalena Botelho, A. Dinis da Gama, João Fernandes e Fernandes, João Frada, Maria de Lourdes Levy, Manuel Machado Macedo, Henrique Bicha Castelo, António Barbosa, Lesseps dos Reis, Francisco Antunes, J. M. Pereira Miguel, Nuno Félix da Costa, Cristina Sampaio, José Cortês Pimentel, Francisco Pinto, Luiz da Silveira Botelho, Paulo Costa, João Lima Pinharanda, Isabel Carlos, Mario Bertoni, João Fernandes, Miguel Von Hafe Pérez, Óscar Faria, António Cabrita.
Instalações artísticas:Helena Almeida, José Barrías, José Pedro Croft, Ângela Ferreira, Cristina Mateus, Miguel Palma e Noé Sendas
Design gráfico:Victor Diniz
"A 'Geração Médica de 1911' refere-se a um grupo de médicos que reformaram a medicina portuguesa, criando os primeiros institutos de investigação médica universitários, que eram instituições técnico-científicas especializadas, dotadas de autonomia administrativa que transformaram o ensino livresco das antigas escolas médico-cirúrgicas num verdadeiro ensino prático, baseado na experiência laboratorial. O presente livro, editado por ocasião da exposição '1911-1999", está dividido em duas partes: uma relativa à exposição - "Sete Artistas contemporâneos evocam a geração médica de 1911" -, e a outra parte dedicada à história da Faculdade de Medicina de Lisboa - "O ensino médico em Lisboa no início do século XX".
Na exposição, realizada no edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sete artistas contemporâneos - Helena Almeida, José Barrías, José Pedro Croft, Ângela Ferreira, Cristina Mateus, Miguel Palma e Noé Sendas - interpretam, aravés de instalações originais, a vida e a obra de sete dos médicos mais representativos da 'Geração de 1911' - Augusto Celestino da Costa, Henrique Vilhena, Azevedo Neves, Aníbal Bettencourt, Sílvio Rebello, Francisco Gentil e Marck Athias.O livro integra, além da apresentação do projecto e imagens das instalações, textos relativos a a cada um dos artistas expostas da autoria de críticos de arte e historiadores, catálogo e biografias dos artistas.
A parte 'O ensino médico em Lisboa no início do século XX' inclui textos de algumas das mais destacadas personalidades médicas actuais da faculdade de Medicina de Lisboa, que  caracterizam além da 'Geração de 1911', outros médicos relevantes que ajudaram a fundar a medicina científica da época - Sousa Martins, Egas Moniz, Câmara Pestana, Gama Pinto, Reynaldo dos Santos, Pulido Valente - e os vinte lentes representados nas quatro telas que Columbano Bordalo Pinheiro pintou para o edifício da Escola Médico-Cirúrgica, e que são actualmente pertença da Faculdade de Medicina.
O livro integra também textos de dois especialistas em História da Arte sobre os referidos retratos de Columbano Bordalo Pinheiro e de um historiador da política sobre a década que viu nascer a República em Portugal e uma cronologia dos principais acontecimentos políticos desse período, com o objectivo de contextualizar a 'Geração de 1911', além de sínteses biográficas das personalidades médicas referenciadas."
Encadernação editorial cartonada com sobrecapa policromada.
Excelente exemplar.
Invulgar.
30€

17 junho, 2013

NORONHA, Eduardo de - O CONDE DE FARROBO : memórias da sua vida e do seu tempo. Lisboa, Romano Tôrres, 1945. In-8º (19cm) de [1], 249, [7] p. ; [6] f. il.; B.
Ilustrado com retratos do Conde de Farrobo e sua mulher e de D. Fernando II e sua 2ª mulher.
Biografia de Joaquim Pedro Quintela, 2.º Barão de Quintela e 1.º Conde de Farrobo.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. As gravuras apresentam mancha de humidade junto ao festo.
Invulgar.
Indisponível

16 junho, 2013

LIGA DOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA. Catálogo do Museu. Referido a 15 de Maio de 1958. 4ª edição. Lisboa, [s.n. – Composto e Impresso na L. C. G. G.], 1958. In-8º (21cm) de XI, [1], 161, [3] p. ; [2] f. il. ; B.
“Sendo a presente edição publicada quarenta anos depois da batalha de La Lys e da assinatura do Armistício que pôs termo à Grande Guerra, parece-nos oportuno ilustrá-la com algumas, muito breves considerações, acerca daqueles dois acontecimentos da agitada história dos nossos dias. […]
Importa esclarecer que, contra o sector português, guarnecido apenas por uma Divisão cansada e desfalcada em efectivos, simbolicamente reforçada por elementos de uma outra, lançaram os alemães oito Divisões convenientemente preparadas e frescas, com o apoio da poderosíssima artilharia.
Que esse sucesso esteve aquem do que seria de esperar, revela-o o seu próprio artífice, o insuspeito General Ludendorff, em «Souvenirs de Guerre», ao referir-se à lentidão do avanço, especialmente depois das três primeiras horas do ataque – porque, diz – mesmo na primeira posição, esmagada por uma verdadeira tempestade de fogo, algumas resistências, embora fragmentárias, retardaram a progressão alemã. […]
No dia 11 de Novembro – sete meses depois do «9 de Abril» ou de «La Lys» - quando o Armistício foi assinado na floresta de Compiègne, Soldados Portugueses de infantaria, de artilharia e de outras armas e serviços, continuavam nos seus postos de combate, nos campos de batalha da Europa, ombreando em valor, lealdade e mérito, com os seus camaradas presentes no Mar, em Angola e em Moçambique.
Nesta edição, que é a quarta, fizeram-se correcções e ajustes que facilitam um entendimento melhor do significado de uma qualquer peça de maior valia histórica. Por vezes, até, da referência curta, da fugitiva alusão a uma data, ou da citação dum nome, poderá agora colher-se o fio que rapidamente nos conduzirá ao contacto com determinado acontecimento, e nos levará, seguidamente a um melhor conhecimento dele, do teatro em que se desenrolou, e dos homens que o ilustraram e lhe deram relevo destacando-o dos múltiplos dramas que foram reservados à nossa geração.”
(excerto da introdução)
Exemplar brochado com significativos sinais de humidade, sobretudo nas capas.
Invulgar.
Indisponível

15 junho, 2013

MARIA, Padre Francisco de S. – SERMOENS // DO PADRE // FRANCISCO DE S. MARIA // CONIGO DA SAGRADA CONGREGAÇAM DE S. JOAM // Evangelista, Cronista gèral da mesma Congregaçaõ, Mestre // jubilado na sagrada Theologia, & Qualifica- // dor do Santo Officio. // I. PARTE. // DEDICADA // Ao muito Alto, & muito Poderoso Rey // DOM PEDRO II. // NOSSO SENHOR // LISBOA. // Com todas as licenças necessárias. //Na Officina de MANOEL LOPES FERREIRA // Anno M. DC. LXXXXIX. // E à sua custa impressa. In-8º (20cm) de [8], 382 p. ; E.
Ilustrado com vinhetas tipográficas e florões.
Este é o I de V tomos publicados entre 1869 (o presente) e 1738.
“SENHOR.
Ponho aos Reas pés de V. Magestade, este Primeira Parte dos meus Sermões, esperando, que serà recebida nos braços da clemencia igualmente benefica, & soberana, com que V. Magestade, como Planeta dominante, & Senhor, naõ dos anos, mas dos animos, que he mais, impera nos corações de seus Vassallos. A qual julgo, para com estes Sermões taõ propicia, & taõ certa, quanto sey que foy singular a attençaõ, & notorio o agrado, com que V. Magestade se dignou de ouvir os que prèguei em sua Real presença.
(excerto da dedicatória)
Sermões que constam deste tomo:
1. Da Conceiçaõ da Virgem Santissima. 2. De Santo Antonio de Padua. 3. Do deseggravo do Santissimo Scacramento. 4. Da Ascensaõ de Christo Senhor nosso. 5. De Santa Clara. 6. De Quarta feira de Cinza. 7. Das Saudades da Virgem Santissima. 8. Da terceira Dominga do Advento. 9. De Saõ Joaõ Evangelista. 10. Da terceira Quarta feira da Quaresma. 11. Do Santissimo Sacramento. 12. Da Lagrymas de Saõ Pedro. 13. De Nossa Senhora a Grande. 14. De Nossa Senhora do Valle. 15. De Santa Theresa de Iesu. 16. Primeira tarde da Quaresma. 17. Segunda tarde. 18. Terceira tarde. 19. Quarta tarde. 20. Quinta tarde.
P. Francisco de Sancta Maria, Conego secular da Congregação de S. João Evangelista, Doutor em Theologia pela Universidade de Coimbra, Reitor da Casa de Sancto Eloy, e Geral da mesma Congregação, Provedor do Hospital Real das Caldas da Rainha, etc. Diz se que rejeitára o bispado de Macau, para o qual elrei D. Pedro II quiz nomeal o em 1692. N. em Lisboa a 11 de Dezembro de 1653, e m. na mesma cidade a 13 de Novembro de 1713. Para a sua biographia vej. o Elogio que á sua memoria dedicou Manuel da Cunha de Andrade, impresso em 1739, e os Estudos biographicos de Canaes a pag. 234. Ha na Bibl. Nacional dous retratos seus. E. 1429) (C) O Céo aberto na terra. Historia das sagradas Congregações dos Conegos Seculares de S. Jorge em Alga de Veneza, e de S. João Evangelista em Portugal. Lisboa, por Manuel Lopes Ferreira 1697. fol. gr. de XXIV 1146 pag. Bella edição, ornada com um elegante frontispicio gravado a buril. Além da chronica da ordem contém especies diversas, e entre estas a serie chronologica dos reis de Portugal, com o resumo da vida e feitos de cada um d'elles. O preço d'este livro era ha tempos de 1:600 a 1:800 réis, e este ultimo paguei eu pelo exemplar que possuo. Actualmente consta me que algum se vendêra por 2:400 réis.” (Inocêncio II, 462).
Encadernação coeva inteira de pergaminho com título na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capa posterior apresenta defeitos. Mancha de humidade desvanecida no canto inferior dto, transversal a toda a obra.
Raro.
35€

13 junho, 2013

AZEVEDO, Antonio A. Marques de - ÁVANTE!!! (sonetos patrioticos). Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, 1915. In-8º (20cm) de [16] p. ; B.
Opúsculo em verso dedicado a Afonso Costa, que terá passado despercebido à Biblioteca Nacional. Escrito em tom de arrebatado fervor republicano, foi publicado após o “Movimento das Espadas”, em época de grande turbulência, durante a ditadura de Pimenta de Castro.
“Ao Ex.mo Snr. Dr. Affonso Costa, alma vibrante da Republica.
Permitta sua excellencia, que eu lhe consagre este grito, que me saiu do alvoraçado peito, no triste cogitar da hora presente.
Não é um trabalho de arte, nem fóros de canto, mesmo de guerra, pode ter. É um grito, como lhe chamo e que, no proprio titulo, vibra os ansiosos appellos d’um portuguez, que não sabe calar-se ante as tristes miserias a que estão levando a Patria…
Barcellos, 28-III-915”
(excerto da dedicatória)

O povo ao longe, em grito altissonante,
O jovem militar victoriava.
- «Ás armas, cidadãos!» Elle bradava,
Em defeza da Patria agonisante!

Que volte a Lei ao trôno que lhe dava
A Republica livre e dominante;
E volte a Liberdade, triumphante,
A ser a dôce luz que nos guiava.

Ás armas! Oh! Ás armas! Sem demora!
Vamos da Treva p’ra clarões d’Aurora.
Despindo á pressa as vestes da Deshonra.

Saibamos, Portuguezes, afirmar,
Que somos - «Nobre Povo, Heroes do Mar»!
Com Pundonor, com Brio, com Valor e Honra!

(Appello)

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Mancha de humidade perceptível na capa, transversal a toda a obra.
Muito raro.
Peça de colecção.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

12 junho, 2013

WRIGHT, Nicky - FERRARI : o eterno mito do Cavalo Rompante. Lisboa/SãoPaulo, Editorial Verbo, 1990. In-fólio (36,5cm) de 160 p. ; todo il. ; E.
Edição de luxo sobre a mítica marca da Maranello e dos seus modelos mais emblemáticos. Livro de grandes dimensões, totalmente impresso sobre papel couché, profusamente ilustrado com fotografias a cores.
"Nenhum outro emblema do mundo automóvel atingiu a notoriedade da Ferrari, representado pelo cavalo rompante. Nenhum outro automóvel do Mundo atraiu tantos olhares de admiração como o Ferrari.
Desde que, em 1947, o primeiro carro saiu da fábrica de Maranello, o automobilismo foi enriquecido com a vasta frota dos velozes e excitantes carros que ostentam a marca inconfundível do génio de Enzo Ferrari.
Dino, Testa Rossa, Daytona, Mondial - eis os nomes que serão sempre familiares a todos os «doentes» do Ferrari - nomes que são simplesmente sinónimo do que há de melhor no mundo do automóvel desportivo.
E se os «visuais» concebidos por estilistas tão famosos como Pininfarina, Bertone, Boano e Zagato têm dotado o Ferrari com a sua característica beleza latina, os motores que lhe conferiram a sua vertiginosa velocidade são resultado da concepção de veraddeiros génios da mecânica como Lampredi, Colombo, Jano e Forghieri."
(excerto da apresentação)
Belíssima encadernação policromada do editor com sobrecapa de protecção com igual composição fotográfica.
Exemplar em bom estado de conservação. Apresenta manchas de cor amarelada na 1ª e última folha e respectivas folhas de guarda (em bco).
Invulgar e muito apreciado.
15€

11 junho, 2013

SEQUEIRA, Mont'Alverne de - HYPNOTISMO E SUGGESTÃO. Dissertação inaugural. Apresentada e defendida perante a Escola Medico-Cirurgica de Lisboa. Por... Julho de 1888. Lisboa, Adolpho, Modesto & C.ª - Impressores, 1888. In-8.º (22cm) de [18], 266, [6] p. ; [5] f. il. ; il. ; E.
1.ª edição.
Tese de licenciatura do autor. Trabalho pioneiro em Portugal, não escapou à polémica nos meios médicos.
Obra ilustrada com desenhos no texto e fototipias em separado.
"Hoje o hypnotismo é um assumpto palpitante, o que justifica o desejo de o querermos saborear, já que nos falta a competencia para o esclarecer.
Quando reconhecemos que elle era superior ás forças do nosso folego scientifico era tarde para retroceder. Avançando, cumprimos um preceito, que nos é imposto por uma lei absurda e iniqua.
Este trabalho, que é apenas um esboço de estudo, está eivado de defeitos, filhos da incompetencia do auctor, da falta de um guia, que o encaminhasse nas observações, e da precipitação com que são sempre manufacturadas as dissertações inauguraes."
(Excerto da introdução)
Gil Montalverne de Sequeira (1859-1931). “Foi um dos mais influentes paladinos do Primeiro Movimento Autonómico dos Açores, do qual resultou a primeira autonomia dos Açores em 1895. Médico e político, desempenhou diversos cargos, entre os quais o de director das Termas das Furnas, reitor do Liceu de Ponta Delgada, deputado às Cortes e procurador à Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada. Foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.”
Encadernação em meia de percalina com título e autor gravados na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Apresenta pequenos danos na encadernação; gravuras ligeiramente oxidadas.
Raro.
Indisponível