30 março, 2014

LOZANO, Fernando – NÃO SE PÓDE SER LIBERAL E SER GERMANOFILO. Com uma carta do autor para a edição portuguesa. Tradução de Carlos Trilho. Lisboa, Guimarães & C.ª, 1916. In-8º (20,5cm) de 131, [1] p. ; il. ; B.
Ilustrado com um retrato do autor.
A Grande Guerra vista por um republicano espanhol. Conjunto de crónicas publicadas no jornal El País, de Madrid, a favor dos Aliados.
“A alma portuguesa levanta-se neste momento historico, bela e luminosa, brilhando sobre todas como um astro. Portugal vai para a guerra não por qualquer motivo de interesse fisico, mas por um motivo metafisico: para cumprir o seu dever. Não tem révanches a realizar como a França, alargar e completar o seu territorio como a Italia, defender a honra da sua assinatura como a Inglaterra, ou responder a uma agressão como a triste e infortunada Belgica. Não! Não ha nenhum interesse mundial que arraste o povo português para a guerra, nenhum compromisso que o leve ao combate, para o qual se dirige expontaneamente, movido pelo mais nobre dos sentimentos que embelezam a vida humana, tornando-a resplandecente: a gratidão. […]
Este livro é contra os dois inimigos de Portugal: o clericalismo e o imperio alemão. Não é um livro de literatura amena mas de combate e guerra. É um explosivo lançado no campo inimigo.”
(excerto da carta do autor, Alma Portuguesa)
Fernando Lozano Montes (1844-1935). Militar e jornalista espanhol. Republicano anticlerical, maçom, activista do «livre-pensamento». Fundou com Ramón Chíes o jornal Las Dominicales del Libre Pensamiento (1883-1909).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta vestígios antigos de humidade transversal a toda a obra. Assinatura de posse nas f. rosto e anterrosto. 
Invulgar.
10€

28 março, 2014

SANTOS, F. Agenor de Noronha – APONTAMENTOS PARA O INDICADOR DO DISTRICTO FEDERAL. Rio de Janeiro, Typographia do Instituto Profissional, 1900. In-8º (18cm) de 759 p. ; E.
1.ª edição.
Roteiro do Distrito Federal do Rio de Janeiro. “O autor discorre sobre as transformações política-geográficas do Estado do Rio, e o desligamento da cidade do Rio de Janeiro (município neutro) do Estado. Em seguida cita a criação de várias freguesias do Rio que posteriormente tornaram-se bairros, muitos com os mesmos nomes. Citando decretos, leis e datas o autor faz uma reestruturação histórica do município do Rio acrescido de notas históricas.”
Bairros, beccos, caminhos, campos, enseadas, estradas, freguezias, ilhas, ilhotas, ladeiras, lagôas, largos, morros, portos, povoados, praças, praias, riachos, rios, ruas, serras, suburbios e travessas do Districto Federal.
 “O unico e verdadeiro merito que póde ter o obscuro trabalho óra publicado, é o de facilitar a todos os interessados na vida social e administrativa do Rio de Janeiro o conhecimento da vastissima zona da capital da Republica.
Disposto em ordem alphabetica, elle trata dos logradouros publicos da cidade, de accôrdo com a actual divisão territorial e com os dados historicos dos nossos melhores tradicionalistas.
Pelo esforço de actividade durante tres longos annos de investigação cuidadosa, procurou o autor aprender e conhecer nos seus menores detalhes a historia da cidade em que nasceu, registando nestes Apontamentos minuciosas noticias de interesse ao Districto Federal.”
(excerto da advertência)
Francisco Agenor de Noronha Santos (1876-1954). Escritor e historiador brasileiro. Foi funcionário público do Distrito Federal. Em sua homenagem o Arquivo Histórico do IPHAN é nomeado Arquivo Noronha Santos. Escreveu diversos livros sobre o antigo Estado do Rio de Janeiro.
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas originais.
Exemplar em bom estado de conservação. Páginas amarelecidas por acção do tempo, com manchas de acidez.
Raro.
Indisponível

26 março, 2014

O DIA 24 DE AGOSTO DO FAUSTO ANNO DE 1820, INAUGURADO. E O BRILHANTE 15 DE SETEMBRO, APPLAUDIDO. BREVE DISCURSO SOBRE A FELICIDADE QUE DESTES DOIS MEMORAVEIS DIAS SE ORIGINOU Á PATRIA DEDICADO AOS BENEMERITOS AUTHORES DA NOSSA FELIZ REGENERAÇAÕ POLITICA : POR A. P. F. LISBOA, 15 DE SETEMBRO DE 1821. NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. In-8º (20,5cm) de 26 p. ; B.
Opúsculo comemorativo da Revolução Liberal do Porto, de 24 de Agosto de 1820, promovida pelo Sinédrio, e do levantamento de Lisboa que se lhe seguiu, a 15 de Setembro, que depôs a regência do Reino.
O autor assina "A. P. F.", iniciais de António Pereira de Figueiredo (1779-1818).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Folha de rosto com restauro no canto superior dto. Páginas apresentam manchas de humidade desvanecidas de cor azulada.
Raro.
15€

23 março, 2014

BELDEMONIO – VIAGENS NO CHIADO : apontamentos de jornada de um lisboeta através de Lisboa. Por… (Ed. de Barros Lobo). Porto, Barros & Filha, Editores, 1887. In-8º (18,5cm) de XVI, 311, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Crónicas de costumes sobre Lisboa e os lisboetas do final do século XIX.
“A physiologia de Lisboa é um trabalho que ainda está por fazer. Estudar a capital nos seus dias e nas suas noites, em todas as manifestações da sua vida, nas suas ruas e no interior das suas casas; investigar os phenomenos do seu funcionamento e os segredos do seu organismo; saber que genero e grau de influencia ella exerce como factor mesológico sobre o individuo; surprehendel-a ao acordar e espreital-a quando se recolhe ao somno, seria um curioso exercicio, fertil em descobertas de toda a especie e bom para tentar o espirito mais exigente. Estas chronicas são esse exercício, realizado ao acaso dos dias e ao sabor da fantasia, sem disciplina, sem caso pensado de preconceitos didacticos. […]
Estes apontamentos sobre Lisboa são, em boa verdade, a chronica da decadência. O exame d’este final de seculo determinou a descoberta de uma nevrose especial, feita de vicios que parecem virtudes, o que é mau, e de virtudes que parecem vícios, o que é muito peor; e essa nevrose, de uma terrivel segurança nos seus efeitos, em parte nenhuma se radicou ainda tão fundo como aqui. É d’ella que estas chronicas, tambem doentias, são o reflexo fiel…”
(excerto da introdução)
Beldemónio, pseudónimo de Eduardo de Barros Lobo (1857-1893). Cronista, jornalista, contista e tradutor português. Albino Forjaz de Sampaio chamou-lhe "um guerrilheiro, um franco-atirador das letras". “Tendo frequentado o Seminário de Coimbra, mudou-se para o Porto, onde iniciou a sua carreira jornalística, colaborando em jornais como A Luta, Dez de março, O Primeiro de janeiro, A Folha Nova, O Jornal de Notícias, onde começou a assinar com o pseudónimo que o iria celebrizar, Beldemónio, e Vespas, revista humorística que fundou em 1880. Mudando-se para Lisboa, prosseguiu a sua carreira de cronista no Diário de Notícias e fundou os jornais de crítica social A Cega-Rega (1881), O Mandarim (1881), O Arauto (1886) e a revista A Má Língua (1889), cujo espírito de sátira mordaz lhe granjeou ataques e perseguições. Muitas das suas crónicas do quotidiano foram reunidas nos volumes Viagens no Chiado (1887) e Do Chiado a S. Bento (1890).”
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Com defeitos de monta nas pastas e na lombada, sobretudo na pasta anterior.
Invulgar.
Indisponível

22 março, 2014

CARRILHO, Maria & ROSAS, Fernando & BARROS, Júlia Leitão de & NEVES, Mário & OLIVEIRA, José Manuel Paquete de & MATOS-CRUZ, José de – PORTUGAL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Contributos para uma reavaliação. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1989. In-4º (23,5cm) de 244, [2] p. ; [7] f. il. ; B.
1.ª edição.
Um contributo indispensável para a história da vida portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial.
“A circunstância de Portugal ter mantido uma posição de neutralidade ao longo da Segunda Guerra Mundial tem levado a uma excessiva subalternização dos acontecimentos registados no nosso país durante os anos de 1939-1945.
E no entanto algumas coisas bem importantes aqui sucederam nessa fase. Desde logo – e conforme unanimemente se reconhece – Portugal serviu de porto de abrigo e de placa giratória para milhares e milhares de fugitivos da guerra, que por cá se estabeleceram  ou de cá partiram para o continente americano (ou ainda, nalguns poucos casos, para Inglaterra, a fim de prosseguirem a luta). Fomos palco de uma intensa e por vezes mortífera actividade de espionagem, levada a cabo por qualquer dos beligerantes. Desenvolvemos uma complicada estratégia diplomática que – seja qual for a opinião que possa ter-se sobre a sua efectiva habilidade – não deixou de repercutir-se no desenrolar do conflito. E, por último, sem que tenhamos sofrido como outros os dramas da guerra, não deixámos de lhe experimentar as consequências, nas restrições de toda a ordem que foram o dia-a-dia das populações, e também, na própria reformulação de alguns aspectos básicos da filosofia política do regime, afinal obrigado pela dinâmica da economia e pela cada vez mais previsível vitória dos Aliados a refazer a sua cosmética.”
(excerto da apresentação)
Matérias:
- Nota do Editor.
- Política de defesa e rearmamento, por Maria Carrilho.
- A indústria portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial, por Fernando Rosas.
- Anglofilia e germanofilia em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, por Júlia Leitão de Barros.
- A diplomacia portuguesa das duas guerras do século, por Mário Neves.
- A Guerra vista através da imprensa portuguesa, por José Manuel Paquete de Oliveira.
- Portugal – o cinema da Guerra, por José de Matos-Cruz.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

21 março, 2014

CUNHA, Alfredo da - EDUARDO COELHO : a sua vida e a sua obra. Alguns factos para a historia do jornalismo portuguez contemporaneo, por... Lisboa, Typographia Universal (Imprensa da Casa Real), 1891. In-8º (19cm) de 189, [5] p. ; [1] f. il. ; B. Brinde dos Senhores Assignantes do Diario de Noticias em 1891
1.ª edição.
Biografia de Eduardo Coelho, insígne personalidade do jornalismo português, e fundador do Diário de Notícias.
Ilustrada com o seu retrato em extratexto.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa oxidada, vincada no canto superior dto; contracapa apresenta pequena falha de papel marginal.
Invulgar.
Com interesse para a história do jornalismo português.
Indisponível

20 março, 2014

PINTO, Américo Cortês - BRECA : uma palavra levada da breca. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Sociedade Astória, Lda.], 1967. In-8º (22cm) de 15, [1] p. ; B. Separata do Boletim da Sociedade de Língua Portuguesa
Estudo etimologico e semântico da palavra "breca".
"Empregada quase sempre com o significado gírio, esta palavra é usada em diversas locuções com significados afins, a partir de «irritação, fúria, doença, azar»: ...«Levado da breca» = levados dos diabos; «deu-lhe a breca» = deu-lhe o azar, a doença, a desgraça... «Levou-o a breca» = teve mau fim. «Um tempo levado da breca», é o mesmo que dizer - um tempo desabrido. Usa-se ainda como sinónimo popular de cãibra."
(excerto do texto)
Matérias:
I. Das línguas góticas às latinas. II. O sentido bélico de breca e as brigadas militares. III. Antes dos Góticos os Celtas - a «briga» ou «breca» e as cidades fortificadas. IV. Interpenetração semântica entre castelos e povoados. V. Os castros célticos e as brigas galaico-lusitanas. VI. Briga e Bragança. VII. Brigantes, bargantes e brigões. VIII. Semânticas contraditórias ou a guerra vencida pela paz. IX. A breca no calão. X. Um regionalismo isolado na Beira e no Minho. XI. Homótropos: a) um peixe e um nome greco-latino-moçárabe. b) salta-se dos peixes para as cabras, e das cabras e carneiros de novo para as brechas dos castelos. XII. Dos cornopetos à belicosa «breca».
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Etiqueta numerada colada na parte inferior da capa com prolongamento para a contracapa.
Invulgar.
10€

19 março, 2014

BRAGA, Paulo Drumond – COIMBRA E A DELINQUÊNCIA ESTUDANTIL (1580-1640). Lisboa, Hugin, 2003. In-4º (23cm) de 125, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante estudo histórico sobre a delinquência estudantil coimbrã no período de ocupação filipino.
Ilustrado com gráficos no texto.
“Entre 1581 e 1638, 147 estudantes de Coimbra foram perdoados pelos sucessivos reis de Portugal da prática de diversos crimes. Entre eles, avultam, como os mais significativos, os homicídios e as agressões físicas, mas outros surgem, como injúrias a oficiais de justiça, porte de armas proibidas, violação de domicílios, motins, raptos de donzelas, etc. Os documentos estudados mostram-se ainda ricos em informações sobre o quotidiano académico, marcado, entre outros aspectos, por concursos para cátedras e por férias escolares. Não faltam também dados sobre a vida íntima e o vestuário dos alunos.”
(apresentação)
Paulo Drumond Braga (1965-). Historiador português. “Licenciado em História (1987) e Mestre em História da Idade Média (1992) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Doutor em História, especialidade História dos Descobrimentos e da Expansão (1997), pela Universidade Nova de Lisboa. Professor Coordenador da Escola Superior de Educação Almeida Garrett (Grupo Lusófona) desde 1997. Director do Centro de Investigação e Publicações da ESEAG, centro associado do CeiEF, e investigador associado do CeiEF. É autor de 13 livros e de mais de uma centena de artigos e de comunicações apresentadas a congressos científicos realizados em Portugal, Espanha, França, Alemanha e Brasil. Entre os livros salientam-se A Inquisição nos Açores (1997); Coimbra e a Delinquência Estudantil (1580-1640) (2003); e A Princesa na Sombra. D. Maria Francisca Benedita (1746-1829) (2007).”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse para a história da Universidade de Coimbra.
25€

18 março, 2014

PIMENTEL, Alberto - O LIVRO DAS LAGRIMAS (Legendas da vida de Santo Antonio de Lisboa). Lisboa, Livraria Editora Mattos Moreira & C.ª, 1874. In-8º (17cm) de 192 p. ; E.
1.ª edição.
Romance histórico alicerçado em episódios da vida do Santo.
"Na primeira metade do seculo XIII vivia em Serpa, villa situada na provincia do Alemtejo, um mercador abastado que, por naturalmente inclinado ao fausto, dispendeu em demasias esplendorosas o que nobres castellãos do tempo dos reis D. Sancho I e D. Affonso II, como eram os senhores de Lanhoso e Salzedas, de que nos falla Rebello da Silva no Odio velho não cança, não lograram pompear em sequito de pagens e cavallariços."
(excerto do texto)
Alberto Pimentel (1849-1925). "Escritor e jornalista. Publicou mais de duas centenas de obras, entre romances - sobretudo do género histórico -, crítica literária, crónica de viagens, monografias históricas, memórias, poesia e teatro. Nas suas obras deu predomínio aos ambientes e figuras características do Porto."
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

16 março, 2014

COELHO, A. do Prado – À MOCIDADE. Conferência lida no Liceu de Pedro Nunes, na sessão solene de homenagem a Teófilo Braga, em 19 de Junho de 1922. Teófilo Braga no Ensino Público. Lisboa, Tipografia do Comercio, 1922. In-8º (19cm) de 16 p. ; B.
“Teófilo Braga, que tem sempre sabido colocar-se, graças à rigidez do carácter moral e ao isolamento, numa situação de altiva independência e isenção que ninguém poderá contestar, tem, por certo, - no meio deste dessoramento das inteligências e dos caracteres, filho do negativismo, da blague, da hipocrisia, da inversão dos valores mentais e morais, dando uma inteiramente falsa perspectiva da vida superior do espírito -, uma rara autoridade.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Carimbo de livraria da f. rosto.
Invulgar.
10€

15 março, 2014

ARANHA, Brito - A IMPRENSA EM PORTUGAL NOS SECULOS XV E XVI. As Ordenações d'El-Rei D. Manuel : por... S. S. G. L. Lisboa, Imprensa Nacional, 1898. In-4º (25cm) de [2], 27, [5] p. ; [7] f. desd. il. ; B. Quarto Centenario do Descobrimento da India : Contribuições da Sociedade de Geographia de Lisboa
Ilustrado com 7 estampas desdobráveis em extratexto.
"Portugal no seculo XV, não foi grande só porque com as suas caravellas abriu os mares nunca d'antes navegados, mas tambem por que foi das primeiras nações que acompanharam o movimento de civilisação, recebendo e propagando a nova luz que vinha alumiar o mundo inteiro com a maravilhosa invenção da imprensa."
(excerto do texto)
Pedro Wenceslau de Brito Aranha (1833-1914). “Começou a ganhar a vida aos 16 anos, como aprendiz de tipógrafo. Foi como autodidacta que conseguiu alcançar uma sólida cultura. Quando Eduardo Coelho, fundador do Diário de Notícias morreu (1889), recebeu o convite para o lugar de principal redactor desse jornal. Por esta altura já era conhecido pelas colaborações que ia fazendo para jornais e revistas e por ter dirigido, juntamente com Vilhena Barbosa, os últimos números do Arquivo Pitoresco. Inocêncio da Silva que confiava na sua capacidade e escrúpulo intelectual, nomeou-o seu testamentário, deixando-lhe numerosas notas que lhe permitiram continuar o Dicionário Bibliográfico Português.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem capa posterior. Capa ligeiramente oxidada com defeitos marginais.
Raro.
20€

14 março, 2014

VITAL, Domigos Fezas - A QUESTÃO DOS CELEIROS. Minuta de Apelação da Comissão Administrativa das Obras dos Celeiros e da Federação Nacional dos Produtores de Trigo. Pelo Advogado... Em apêndice: uma «Sugestão» e alguns «Pareceres técnicos». Lisboa, Tip. da «União Gráfica», 1944. In-4.º (23cm) de 132 p. ; B.
Questão jurídica relativa à aplicação de um produto impermeabilizante no pavimento e paredes dos celeiros.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas e lombada com defeitos,
Invulgar.
Indisponível

13 março, 2014

NEVES, Hermano - GUERRA CIVIL. Lisboa, Composto e impresso na Typographia Jose Bastos, 1911. In-8.º (19 cm) de 206, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de interessantes reportagens produzidas no ano que se seguiu à implantação da República, em pleno período revolucionário.
Obra valorizada com um prólogo de Mayer Garção e outro de Luís da Câmara Reis.
"Neste livro, Hermano Neves evóca a «deserta, immensa, rústica paysagem» de que falla o poeta dos Simples. E tambem nos evóca esses simples - campónios rudes e generosos, caciques a quem o novo regimen voltou do avêsso as convicções, povoados mais incertos que terras sertanejas mal desbravadas, por onde corre de bôca em bôca a fama de conspiradores com gestos de opereta e alma de lama. E, acima de todas essas impressões, fugitivas nas columnas de um jornal mas duradoiras nas páginas de um livro, fulge um grande, um intenso amor pela Republica que nos libertou e nos ha-de permittir realisar as aspirações e os sonhos mais generosos."
(Excerto do prólogo de Câmara Reis)
Indice:
- Uma reportagem na Galliza. - Na região das montanhas. - Soldados e Marinheiros. - Si vis pacem.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na capa.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

12 março, 2014

CHAGAS, João - NA BRECHA. (Pamphletos). 1893-1894. Lisboa, Agencia Universal de Publicações, 1898. In-8.º (18,5 cm) de XIV, 282, [2] p. ; [1] f. il. ; E. Bibliotheca Vermelha - N.º 1
Conjunto de crónicas anti-monárquicas publicadas pelo autor ao longo de dois anos (1893-1894), após o seu regresso do degredo, e aqui coligidas em volume.
Livro ilustrado com um retrato do autor em extratexto.
"O pamphleto quer lucta. Estes tiveram alguns processos de imprensa, que não chegaram a julgar-se e, se encontraram publico, não encontraram, todavia, inimigos, porque na realidade não os havia.
O pamphleto é uma arma de duellos e n'essa occasião não havia gente disposta a bater-se. A tyrannia do ministerio João Franco tinha um caracter muito administrativo, muito manga-de-alpaca, para que fosse possivel esperar d'ella alguma coisa mais do que decretos. [...]
Os pamphletos, publicados por mim entre os annos de 1893-1894, são reflexos da lucta travada em Portugal entre o povo e a dynastia de Bragança. Por pouco que valham, fazem parte da bibliographia revolucionaria do nosso tempo. São documentos.
Dispersos, perder-se-hiam. Colligidos em volume, mais facilmente os encontrará, de futuro, o pesquisador, curioso de conhecer em todos os seus detalhes este periodo singular da historia portugueza."
(excerto da introdução)
João Pinheiro Chagas (1863-1925). “Jornalista e panfletário, autor de vários escritos políticos e de história contemporânea. Iniciou a sua carreira jornalística em O Primeiro de Janeiro, tendo-se salientado pelo seu estilo vivo e atraente. Foi, depois, redactor de vários jornais, tanto no Porto como em Lisboa, tendo fundado o República Portuguesa, onde atacava violentamente a Monarquia. Teve uma vida muito acidentada, e foi várias vezes processado e algumas preso. Considerado cúmplice do 31 de Janeiro e condenado a degredo, conseguiu, no entanto, fugir do navio que o transportava para Moçâmedes, tendo-se refugiado em Paris. Essa odisseia é-nos por ele relatada no seu livro Trabalhos Forçados. A sua popularidade aumentava na medida em que era perseguido, acrescida pelo sucesso dos seus fogosos panfletos, enviados mesmo durante o tempo do exílio (Na Brecha, A Marselhesa, etc.). Implantada a República, foi nomeado ministro em Paris e, mais tarde, chamado para chefiar o 1º. Governo Constitucional (1911). Voltou para Paris e, depois da revolução de 1915, foi novamente escolhido para presidir ao Ministério, nunca tendo chegado a tomar posse por ter sido vítima de um atentado, durante a viagem para Lisboa. De novo em Paris, desempenhou importante papel na intervenção portuguesa na Primeira Guerra Mundial, e também na Sociedade das Nações. Republicano convicto, a sua combatividade, revelada pela sua correspondência e memórias, manteve-se em relação aos homens do novo regime, de tal modo que é muitas vezes citado pelos escritores anti-republicanos.” 
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

11 março, 2014

CASTILHO, Antonio Feliciano de – OUTONO. Collecção de poesias de… Lisboa, Imprensa Nacional, 1863. In-4.º (23cm) de XXXV, [1], 274, [2] ; B.
1.ª edição.
Precede a obra propriamente dita, uma carta-dedicatória ao rei D. Luís, que o autor aproveita para promover o Método Português, polémico método de “leitura repentina” desenvolvido por Castilho para fazer face ao analfabetismo que grassava no país, e que o seu método de aprendizagem da leitura abreviaria.
"Defendendo portanto o Methodo portuguez, creado com tanto amor, e tão escrupulosa probidade, nenhum homem de juizo são, e honesto, dirá que advogo uma gloria minha, mas sim uma herança patria, emq ue eu suei, callejei, e envelheci, no meio dos cantares e das alegrias dos meus imberbes e innumeraveis cooperarios."
(Excerto da carta dedicatória)

"No monumento publico
lidaste o dia inteiro,
desd’alva até as vespero,
Joven, Real obreiro.

Limpa o suor da purpura
ao funebre lençol;
vae receber a feria;
descansa; é posto o sol.

Aos do porvir artifices
deste não visto exemplo:
juntaste um lanço amplissimo
da humanidade ao templo.

Foi-te a semana asperrima;
prostrou-te; mas, valor!
Chegas-te ao dia setimo
ao dia do Senhor."

(Excerto do poema No transito do Senhor Rei Dom Pedro V)

Exemplar desencadernado, sem capa de brochura frontal, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse poético. Muito valorizado pela carta-dedicatória, documento importante para a compreensão da polémica “cruzada” do autor a favor do seu Método Português, ou Método Castilho.
Indisponível

09 março, 2014

A D. PEDRO IV OS PORTUGUEZES. Memoria historica e artistica do monumento inaugurado em Lisboa a 29 de Abril de 1870 na praça já denominada de D. Pedro IV, seguida do programma e auto da inauguração, descripção dos festejos publicos e noticias do dia, dignas de menção, que a imprensa registou. Lisboa, Livraria de A. M. Pereira, 1870. In-4º (22,5cm) de 40 p. ; [1] f. il. ; B.
Publicação anónima; sabe-se que o seu autor foi o Marquês de Sousa Holstein. Ilustrada com uma bonita gravura da estátua em extratexto.
Em Lisboa, no centro da praça D. Pedro IV, mais conhecida por Rossio, “ergue-se a estátua de D. Pedro IV, vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil independente, inaugurada em 1870, sendo a estátua de bronze de Elias Robert, o pedestal executado por Germano José Salles, e o risco arquitectónico de Jean Davioud. O monumento tem 27,5 metros de altura e é composto de envasamento, pedestal, coluna e estátua, sendo o pedestal de mármore de Montes Claros, a coluna de pedra lioz de Pêro Pinheiro e a estátua de bronze. Na base do pedestal, as quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, Prudência, Fortaleza e Moderação, qualidades atribuídas ao Rei-Soldado, entrelaçadas por festões e os escudos das 16 principais cidades do país. A parte inferior da coluna adorna-se com quatro figuras da Fama em baixo-relevo. A coluna coríntia, canelada e a estátua representa D. Pedro IV em uniforme de general, coberto com o manto da realeza, a cabeça coroada de louros, ostentando na mão direita a Carta Constitucional que ele outorgara.”
“A concorrencia de povo foi indizivel. A cidade despovoou-se para se agglomerar na praça de D. Pedro e suas immediações.
No espaço que na praça não estava vedado, nas ruas lateraes, no primeiro lanço da calçada do Duque, no largo de S. Domingos, tudo estava apinhado de povo.
Nas janellas dos predios que circundam a praça, e nas de todas as casas, onde se chegava a descobrir o monumento ou parte d’elle, sobre os telhados, nas ruinas do Carmo, em todos os pontos enfim d’onde pelo menos se visse mover as bandeiras que cobriam a estatua, nada estava desaproveitado. Havia gente por toda a parte, e innumeravel.
Calculava-se em vinte mil o numero de pessoas de fóra de Lisboa que vieram, quer pela via ferrea, quer por outros meios de conducção, assistir á inauguração do monumento.”
(excerto do Cap. V, Noticias e episodios diversos)
Matérias:
I. Descripção do monumento. II. Programma da inauguração. III. Auto solemne da inauguração. IV. Discripção dos festejos. V. Noticias e episodios diversos.
D. Francisco de Borja Pedro Maria António de Sousa Holstein (Paris, 1838 – Lisboa, Carnide, 1878). “1.º Marquês de Sousa Holstein, foi um diplomata, político, jurista, académico, publicista e historiador de arte português.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

07 março, 2014

BOSSE, Abraham - TRATADO DA GRAVURA A AGUA FORTE, E A BURIL, E EM MANEIRA NEGRA COM O MODO DE CONSTRUIR AS PRENSAS MODERNAS, E DE IMPRIMIR EM TALHO DOCE. POR… GRAVADOR REGIO. NOVA EDIÇAÕ TRADUZIDA DO FRANCEZ DEBAIXO DOS AUSPICIOS E ORDEM DE SUA ALTEZA REAL, O PRINCIPE REGENTE, NOSSO SENHOR, POR JOSÉ JOAQUIM VIEGAS MENEZES PRESBYTERO MARIANNENSE. LISBOA. NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, TYPOPLASTICA, E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. MDCCCI. In-8º (21cm) de [10], IX, [1], 189, [1] p. ; [22] f. il. ; E.
Ilustrado com 22 (1+21) belíssimas estampas (gravadas em metal) intercaladas no texto.
Apreciada obra saída dos prelos da Casa Literária do Arco do Cego, em cujo catálogo vem assinalada com o número 12.
“A Oficina do Arco do Cego foi criada no ano de 1799, em Lisboa, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho. Esta inseria-se numa política colonial que privilegiava o Brasil, fonte primordial da prosperidade comercial da metrópole. Importava difundir as luzes da ciência, sobretudo na agricultura, e as obras impressas no Arco do Cego revelam bem esse propósito de divulgação, concretizando um modelo de cultura característico do Iluminismo, [motivo pelo qual esta excepcional incursão no tema da Gravura, com a publicação desta tradução do Tratado da Gravura de Abraham Bosse, a torna numa obra de grande raridade]. Para a dirigir foi convidado o botânico brasileiro Frei José Mariano da Conceição Veloso, cargo que desempenhou com invulgar energia.
A partir de 1801, Frei Veloso foi nomeado director literário da Imprensa Régia. No decreto de nomeação, datado de 7 de Dezembro de 1801,foi declarada a extinção da Oficina do Arco do Cego. Entre as razões que levaram ao encerramento desta Casa Literária e sua integração na Imprensa Régia, antecessora da actual Imprensa Nacional, terão estado os défices financeiros registados nas suas contas. No entanto, o que fica bem evidente na actividade desta Casa é o dinamismo e a qualidade das suas edições, sem paralelo noutras casas editoriais portuguesas existentes na época, nomeadamente na importância concedida às imagens. Destaque-se, em particular, o número de edições de áreas científicas e técnicas, que noutras casas editoriais eram normalmente preteridas em relação às religiosas. Pode afirmar-se, sem dúvida, que os propósitos de Mariano Veloso eram a promoção das ciências e da história natural em particular, áreas do conhecimento que muito interessavam ao desenvolvimento económico do Brasil, principal alvo das publicações. Como escrevia Mariano Veloso, “sem livros não há instrução”. Durante o período de funcionamento - 2 anos - foram publicados 83 títulos, 36 de autores portugueses, 41 traduções e 6 em latim. Quando foi encerrada, em 1801, muitos títulos ficaram por publicar e outros foram publicados pela Imprensa Régia. Dos 83 títulos, 44 continham gravuras executadas na calcografia, num total de 360 gravuras. Quando a corte portuguesa se transferiu para o Brasil, Frei Veloso também voltou para o Rio de Janeiro e conseguiu ordem para que lhe fossem enviadas as chapas abertas na Oficina do Arco do Cego. Entre elas, encontravam-se as matrizes das ilustrações da tradução do livro de A. Bosse, que ficaram depositadas na Real Biblioteca, a actual Biblioteca Nacional."
Encadernação simples, cartonada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível

05 março, 2014

CASIMIRO, Augusto – A PRIMEIRA NAU. Pôrto, Renascença Portuguesa, 1912. In-8º (19cm) de 19, [1] p. ; B.
Muito rara e apreciada obra poética do autor, numa bonita edição totalmente impressa sobre papel couché.

Quási não pulsa o Mar, calmo e abandonado,
No silêncio da noite a murmurar…
- Coração infantil, como um leão domado,
O coração do Mar…

Vêm ondas bater, mansas, nos rudes flancos…
As belas mãos! que doces mãos a acarinhar!
Brandas mãos que parecem lírios brancos
E afagos de luar…

Na beleza amorosa e enternecida
Daquela noite religiosa e mansa,
Sobre a equipagem, sobre a nau adormecida,
Ergueu-se a voz religiosa e comovida
Da Saùdade, - e a voz ansiosa da Esperança…

(excerto do poema, A Evocação da Saudade)

Augusto Casimiro dos Santos (1889-1967). “Escritor e militar português. Após a conclusão dos estudos liceais em Coimbra, em 1906, integrou a Escola do Exército. Como oficial, participou na Campanha da Flandres (1917-18) durante a Primeira Guerra Mundial, o que lhe valeu várias condecorações e a promoção a capitão. Exerceu também o cargo de governador do Congo português, de secretário do Governo-Geral de Angola, em 1914, e acompanhou a missão de delimitação da fronteira luso-belga em África. Por se opor ao regime nacionalista, esteve preso na Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, na década de 30, regressando a Lisboa, em 1936, graças a uma amnistia. Um ano depois, foi de novo reintegrado no Exército português, mas como reserva.
A experiência militar marcou a sua escrita, especialmente em Nas Trincheiras da Flandres (1919) e Calvários da Flandres (1920). Como autor de poesia, ficção e textos de intervenção, em que manifestava a sua filiação no ideário republicano, o escritor publicou ainda, entre outros livros, Para a Vida (1906), A Evocação da Vida (1912), Primavera de Deus (1915), A Educação Popular e a Poesia (1922), Nova Largada (1929) e Cartilha Colonial (1936), obra na qual manifestou o seu desejo patriótico de afirmação de Portugal no mundo. De referir que Augusto Casimiro foi colaborador da revista Águia e cofundador (1921), dirigente e redator (1961 a 1967) da revista Seara Nova, principal órgão de comunicação que se oponha democraticamente ao regime de Salazar e ao Estado Novo.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreta dedicatória na capa. Folhas ligeiramente oxidadas.
Raro.
15€

04 março, 2014

SANTANA, Emídio – HISTÓRIA DE UM ATENTADO : o atentado a Salazar. [S.l.], Forum, 1976. In-8º (21cm) de 225, [3] p. ; il. ; B.
Ilustrado com fotografias a p.b., plantas e desenhos esquemáticos do atentado a Salazar.
“A história do atentado a Salazar, ocorrido a 4 de Julho de 1937, nunca foi totalmente revelada ao público. A imprensa da época, embora desse o necessário relevo ao atentado, veiculou informações falsas.
Os factos, os autores do atentado e as fotografias então apresentadas estão longe de corresponder à verdade. O regime de Salazar queria fazer crer que o atentado tivera origem numa bem estruturada organização política.
A realidade era muito diferente. […]
Este livro revela o que efectivamente foi o atentado a Salazar. Quem o escreve é Emídio Santana, um dos autores do atentado.
A História de Um Atentado não é só um relato factual. O leitor compreenderá os verdadeiros motivos que levaram um punhado de homens resolutos e quase sem meios a lançarem-se num empreendimentos que, se bem sucedido, poderia ter alterado completamente o curso da história em Portugal.”
(excerto da apresentação)
Emídio Santana (1906-1988). Natural de Lisboa. “Foi um dos mais importantes militantes portugueses do anarcossindicalismo e anarquista. Foi autor de diversos artigos e ensaios sobre o anarcossindicalismo e o mutualismo. Militou nas Juventudes Sindicalistas e foi membro do Sindicato Nacional dos Metalúrgicos, filiado na antiga Confederação Geral do Trabalho (CGT) portuguesa. No seguimento do golpe militar fascista de 28 de Maio de 1926, desenvolveu uma actividade de resistência contra a ditadura e actividade sindical clandestina. Em 1936, representou a CGT portuguesa no congresso da Confederatión Nacional del Trabajo de Espanha. Em 4 de Julho de 1937 foi um dos autores do atentado a Salazar quando este se deslocava à capela particular do seu amigo Josué Trocado, na Avenida Barbosa du Bocage, n.º 96, em Lisboa, para assistir à missa. Na sequência do atentado, Emídio Santana é procurado pela PIDE e foge para o Reino Unido, onde a polícia inglesa o prende e envia para Portugal onde é condenado a 16 anos de prisão. A partir do fim da ditadura (1974), Emídio Santana retoma a vida militante activa, nomeadamente como director do jornal A Batalha. Em 1985, Emídio Santana escreveu Memórias de um militante anarcossindicalista, livro onde recorda momentos importantes da sua vida de militância política.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€

02 março, 2014

LISBOA, António de – PORTUGAL E A SUA VELHA ALIADA : de todos os tempos. Berlin, [s.n.], 1942. In-8º (19cm) de 38, [2] p. ; B.
Propaganda nazi anti-britânica. Contém a partitura e letra d’A Portuguesa., que o autor (possívelmente fictício) ou editor faz questão de corrigir e alertar para a versão original, com origem no Ultimatum:
"NOTA. – Onde se lê:
Ás armas, cidadãos,
Contra os canhões marchar, marchar.
Leia-se no original:
Ás armas, cidadãos,
Contra os bretões, marchar, marchar."
“Aos portugueses dignos dêste título de orgulho, e não àquêles que como tal se julgam só pelo facto de haverem nascido em território do Império, se dirigem estas modestas, embora fidelíssimas notas de reportagem, de que tomamos inteira responsabilidade.
Dita-as um português, muito da cidade, nacionalista sincero, mas sem diploma, por temperamento e liberdade intelectual avesso a todos os corrilhos e grupelhos, que há mais de quarenta anos se vem batendo desinteressadamente, à custa dos maiores sacrifícios, por uma política absolutamente nacionalista.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
10€